Andréa Elia interpretando Ludovina (Vina) mãe de José Foto: Adenor Godim |
Como surgiu o convite para atuar no espetáculo?
O convite surgiu do ator Hilton Cobra, profissional que admiro muito e que foi o responsável pelo meu ingresso neste projeto. No início ele assinaria a direção e a escolha por mim para interpretar Vina foi um desejo dele. O seu chamado foi perseverante e hoje sinto-me agraciada.
Como você recebeu a personagem e quais referências utilizou para a construção?
Recebi a personagem com sede de construí-la e também uma saudável inquietação. O fascínio veio do seu mistério e intuição. Ela é uma cigana e utilizei muito o imaginário para internalizar as heranças que ela guarda desta tradição. O matriarcado presente na obra foi também marcante e o extremo amor pelo filho.
Fale um pouco sobre o personagem e sobre o que ele representa para a sociedade atual.
A personagem luta por direitos em uma terra sem lei, ela não desarma nunca, utiliza a força que tem para resistir e lutar. Sua arma é a palavra. Uma espécie de arauto das falcatruas e robalheiras da classe dominante. Ela é uma mulher forte que luta pela sua terra e pela dignidade de vida de seu povo. Uma personagem bem presente na sociedade atual, num momento em que o país vivenciará uma presidência regida por uma mulher.
Grande entrevista. Deixa-nos - o público - com ainda mais sede de galgar tão trabalhados detalhes que imbuem esta personagem.
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