quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

“AS VELHAS” CONCORRE AO BRASKEM E FAZ TEMPORADA NO VILA VELHA


Espetáculo que recebeu quatro indicações para a premiação das artes cênicas baianas inicia apresentações no teatro no dia 14 de janeiro

Cláudia di Moura indicada na categoria atriz
O espetáculo As Velhas, que acaba de receber quatro indicações para o Prêmio Braskem de Teatro, vai cumprir temporada no Teatro Vila Velha de 14 a 30 de janeiro, sempre de sexta a domingo, às 20 horas. A montagem com inspiração no texto da potiguar Lourdes Ramalho, escrito em 1975, concorre nas categorias: espetáculo adulto, direção, para Luiz Marfuz, e atriz, em indicação dupla, para Andrea Elia e Claudia di Moura. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia de premiação no Teatro Castro Alves, em data a ser definida.
Andréa Elia indicada na categoria atriz

O diretor Luiz Marfuz indicado na categoria direção
O espetáculo conta a história de duas mulheres que lutam pela posse de terras, maridos e filhos, numa espiral de vingança e solidariedade, que termina por revelar a beleza trágica do sertão. No palco principal, seis personagens vivem dramas passionais em meio à secura da terra, espremidos entre a impotência ou revolta para mudar a realidade.
Andréa Elia, Cláudia Di Moura, Anderson Dy Souza, Fernando Santana, Jefferson Oliveira, e Jussara Mathias interpretam passionais comedores de lagartixa assada deste drama com nuances de comicidade, que estreou com sucesso em novembro, no Teatro Sesc-Senac Pelourinho.
No Teatro Vila Velha, a temporada tem ingressos a R$20 (inteira) e R$10 (meia). A realização é da Cardim Projetos e a produção de Kalik Produções Artísticas. O espetáculo foi selecionado pelo Edital Manoel Lopes Pontes de Apoio à Montagem de Espetáculos de Teatro - 2009, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Secult – Secretaria de Cultura.
            Luiz Marfuz, cujos mais recentes trabalhos são Policarpo Quaresma e A Última Sessão de Teatro, explica que As Velhas trata de questões universais como amor, ciúme, vingança e poder que, embora persistam, “são vistas sob outros ângulos, a exemplo da virgindade, das frentes de emergência, da indústria da seca”. Para o encenador, o espetáculo se diferencia de outras montagens que miram na temática sertaneja, por abordar o subjetivo, refletido no corpo dos sertanejos.
Em cena, os atores lidam com elementos culturais nordestinos, conflitos cordelescos e expressões regionalistas. “Fizemos pesquisas físicas, improvisações e construção de partituras vocais e corporais para construir o sertão de cada um”, detalha o diretor, destacando que o espetáculo aborda questões agrárias, sem que coronéis, mandantes, governantes e representante do poder econômico ou político apareçam de forma explícita ou maniqueísta.
Para enfatizar o intimismo, a montagem objetiva por a respiração do espectador no ritmo da dos personagens, utilizando, para isto, uma estrutura cenográfica em formato de semi-arena, criada pelo cenógrafo Rodrigo Frota. 


Assessoria de imprensa do espetáculo As Velhas

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