terça-feira, 16 de novembro de 2010

“AS VELHAS” E O DIABO - SOLTOS NO REDEMOINHO

Com texto de Lourdes Ramalho e direção de Luiz Marfuz, espetáculo cruza as dimensões pessoal e político-social. Estreia dia 18, quinta, no Sesc-Senac Pelourinho

 
 No espetáculo As Velhas, seis personagens vivem dramas passionais em meio à secura da terra, espremidos entre a impotência ou revolta para mudar a realidade. A montagem dirigida por Luiz Marfuz tem como inspiração texto da potiguar Lourdes Ramalho, escrito em 1975. Cláudia Di Moura, Andréa Elia, Fernando Santana, Jussara Mathias, Anderson Dy Souza e Jefferson Oliveira atuam neste drama com nuances de comicidade, que estreia às 20 horas do dia 18 de novembro (quinta-feira), no Teatro Sesc-Senac Pelourinho.

A temporada segue de quinta a sábado, até 4 de dezembro  (com exceção de 25 de novembro). Os ingressos custam R$14 (inteira) e R$7 (meia). A realização é da Cardim Projetos e a produção de Kalik Produções Artísticas. O espetáculo foi selecionado pelo Edital Manoel Lopes Pontes de Apoio à Montagem de Espetáculos de Teatro - 2009, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Secult – Secretaria de Cultura.

Luiz Marfuz (Policarpo Quaresma e A Última Sessão de Teatro) explica que As Velhas trata de questões universais como amor, ciúme, vingança e poder. Questões que, embora persistam, “são vistas sob outros ângulos, a exemplo da virgindade, das frentes de emergência, da indústria da seca”. Para o encenador, o espetáculo se diferencia de outras montagens com temática sertaneja, por abordar o subjetivo, refletido no corpo sertanejo.

Os atores lidam com elementos culturais nordestinos, conflitos cordelescos e expressões regionalistas. “Fizemos pesquisas físicas, improvisações e construção de partituras vocais e corporais para construir o sertão de cada um”, detalha o diretor, dizendo que o espetáculo aborda a questão agrária, sem que coronéis, mandantes, governantes e poderosos da economia e da política surjam explícitos ou de forma maniqueísta.

Para enfatizar o intimismo, a montagem procurar sintonizar a respiração do espectador com a dos personagens, utilizando, para isto, uma estrutura cenográfica em formato de semi-arena, criada pelo cenógrafo Rodrigo Frota.

 Assessoria de impressa do espetáculo

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